Desenhar é uma forma de escrever. Aprendi isto muito cedo. No estirador do meu tio-avô cresciam formas estranhas, riscos que afinal não eram rasuras, misturas de cores e criaturas disformes, embora encantadoras. Encontrei, mais tarde, vários artistas cuja voz fui reconhecendo. O desenho tem o poder de nos levar para onde quisermos e, se tivermos imaginação, a história que se conta pode não ser a mesma que estava, no início, na cabeça do artista.